terça-feira, 6 de abril de 2010

Desapego

Hoje resolvi postar uma música minha e de diogo.
Ela foi composta nos meados de março deste ano,ela foi inspirada nas várias conversas que havia tendo com amigos sobre relacionamentos em geral. O que mais me chamou atenção foi o fato de todos eles se sentirem de certa forma amedrontados com a hipótese de se entregar a algum tipo de sentimento.Realmente se for parar pra pensar a insegurança nos gera um universo de infinitas possibilidades que se resumem em duas:o SIM e o Não se entregar a esses impulsos amorosos,a necessidade de cultuar o desapego como uma forma de evitar futuras dores.Então sintetizando tudo isso juntei com o meu sentimento em relação a essa questão e após debates com Diogo resolvemos falar sobre isso na canção.
O resultado não podia ter me deixado mais satisfeito.


Desapego

(Alan Santos e Diogo Gallindo)

Verso

Eu sinto falta do meu desapego
Já não me pego seguro e sem medo
Na segurança do meu eu sem par
Eu sei que...
Meu julgamento nem sempre é preciso
Nem sempre certo do que eu necessito
O que eu preciso é tempo pra pensar
Nem sempre...

E eu acho que eu tenho sorte
Me encurrala já não me sinto forte
A força perde a calma e o ar
Faz falta…
Respiro fundo e sinto seu perfume
De tão suave não me deixa imune
Tão suscetível a um despertar
Pra nós dois…

(Refrão) Bm7 E7 G, Bb D

Eu sinto saudade
Já nem sei se é tarde
Pra recomeçar
Guardo meu segredo
Refém do meu medo
Basta te encontrar

(Bridge)

Escorre pelas mãos
Nem sei se sou mais eu sem ti
Um mundo em vazão
Entre o sim e o não

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Tired

Me sinto deslocado em minha própria época,onde a futilidade nas ações e no sentir imperam sobre tudo aquilo que me foi ensinado ser importante.Um ficar em sua forma mais repugnante apenas por ter a obrigação de ter que trocar carícias com vários estranhos diferentes,um parâmetro essencial para se divertir nas noites,como se beijar os lábios de alguém sem sentimento algum fosse necessário para preencher um vazio que a sua frágil visão de liberdade delimita.Como se tudo fosse uma forma de elevar o seu status social medíocre com a roda de amigos que daqui a alguns anos não vão nem fazer mais parte da sua vida.
Aonde estão os românticos,que usam o ficar como uma forma de se tentar iniciar um possível relacionamento,como se fosse um degrau para algo mais intenso e realmente de valor?
Silêncio...
Se tornou a minha forma de responder minhas próprias inquietações,um silêncio doloroso que vem cortando a alma.falar de amor hoje é Piada.É triste se sentir o único que ainda acredita em amor como base de todas as coisas,porém mais triste ainda é persistir na esperança de que alguém saiba entender o que amor significa.
Amor se tornou produto,se tornou um comprimento,se tornou apenas uma palavra.
É dito sem se pensar,sem se sentir,sem se notar,como se fosse algo insignificante que só é dito para agradar uma pessoa em determinado momento.
Quantos namorados,parceiros,amigos que nem ao menos você mantém contato já disse que amava?
Quantas vezes disse eu te amo apenas por dizer?
Aonde estão os românticos,que acreditam fielmente e cegamente nesse sentimento que é capaz de transformar tudo e todos que realmente se fazem disponíveis para senti-lo e recebê-lo ?
Aonde estão as mulheres que se dizem não valorizadas,que sentem falta de alguém que as faça se sentir especiais,alguém diferente da maioria,enquanto elas mesmas se afogam na própria ingenuidade e criam um escudo que as impede de enxergar as pessoas que realmente estariam mais do que dispostas a atender suas necessidades e que acabam se tornando tão cruéis,superficiais e egoístas como os homens que elas tanto criticam alegando serem todos iguais?
Mais uma vez silêncio...
Constante e amargo silêncio.As pessoas cantam sobre amor,anseiam por amor,clamam por ele,sofrem por falta dele mas a grande verdade é que quanto mais o tempo passa mas desconhecemos o que amor realmente significa.
Encontrar significado no amor é encontrar o significado para a vida...

domingo, 27 de dezembro de 2009

A tale for the winter

Hoje decidi postar aqui uma música de minha autoria.
Ela veio como um flash na minha cabeça enquanto assistia um documentário sobre John Lennon.
Ela conta a história de um casal em véspera de seu casamento.
Particularmente gostei muito dela, e realmente me emociona quando a interpreto.







So take my hand you know
That be easier if you’re dreaming
With me we can tell tales for the winter
will come freezing all the unsaid words
between you and me
this night

choose the colors of your dress
my honey
just please don't let them see
they will staring with envy eyes
and make this up with false empathy
you just so pretty a little piece of heaven
walking so kindly in the streets
i can't believe my pretty little angel
tonight will be forever with me

laugh for me
all the people in the world will celebrate
our love,our youth
our kiss,our smile
so please

(chorus)

let's walk in all the funny places
covered by the stars
why don't you talk about your day in work
and like you love your family even apart
let's eating in that restaurant where we used to go
and make love like we just did before
before then things was so simple

laugh for me
all the people in the world will celebrate
our love,our youth
our kiss,our smile
so please

(chorus)

wake up early today
my honey
you don't want to be late
brushing your hair with so elegance
in a just perfect way
i am so nervous that i can feels my fingers
and my toes freezing up
but why your eyes are so distant
i cant feel you laughing anymore


laugh for me (please laugh for me)
all the people in the world will cry today
our love,our youth our live,our kisses
all what we are
our days our nights,this night
tonight
just tell me why,just tell me why
i have to loose my love
why i have to loose my love

(chorus)

sábado, 26 de dezembro de 2009

Musa


Acorda,a pureza de seus olhos embriagados da noite anterior lhe sorri a alma
seus cabelos vespertinos emaranhados transbordam o vermelho sangue
reflexo de seu olhar,penetrante,pretensioso e ao mesmo tempo aterrador
capaz de transformar o mais forte dos homens em um simples servo de seus desejos
desfila de maneira suave pelas ruas estreitas da cidade tão pálida e apática
age como não soubesse o tamanho do contraste que ela possui em relação as demais
oh! se fosse a linha do parágrafo torto que constitui o meu destino
suas vestes causam atonicidade nas outras tão uniformes e simples mulheres
o charme de uma francesa,a elegância de uma inglesa e o puro libido de uma brasileira
oh! se meus olhos fossem capazes de ver através de tanta penumbra
irradia musicalidade pelo seus poros
como se cada simples e delicado gesto esboçasse acordes harmoniosos
partes de uma melodia tão complexa,tão inconstante e tão intensa
oh! se minhas canções pudessem decifrar seus incontáveis segredos
seus cabelos já não são mais da mesma cor que aos de dias atrás
como se a cada novo look se tornasse fenix, tão bela,tão cativante
oh! se fosses a chama tão imprevisível que faria arder meu peito
serias amada..
me deito,encaro seu olhar penetrante atravessando a minha alma pela fotografia e despertando a mais bela inspirarão poética
Sorrio e adormeço...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Jovens garotos


Tá aí uma música que compus há algumas semanas atrás com Diogo Gallindo, grande amigo e constante parceiro musical.De alguma forma a gente conseguiu sintetizar horas e horas de debate sobre o que realmente achávamos da juventude e de seu atual estado.O interessante dessa música foi a escolha do ritmo, uma espécie de blues com elementos de MPB,algo bem distante do que a atual juventude tão uniforme escutaria.O resultado foi muito agradável a seu término e de certa forma essa canção demonstra uma grande insatisfação com a mentalidade jovem de hoje e ao mesmo tempo ressalta qualidades de grande valor do jovem que é o fato de sempre se reerguer,encontrar um novo rumo,sem medo tendo a certeza de que o tempo cura todas as feridas.
Sem mais delongas:


Jovens garotos
(Alan Santos & Diogo gallindo)

Jovens garotos já não são mais tão inocentes
Sabem tanto quanto sabem pouco até demais
Entorpecidos no perfume das mulheres
que descobrem quando não encontram a paz

copos quebrados estilhaços de recordações
tudo parece ser tirado das televisões
jovens garotos com seus sonhos ,sem comparação
tudo é verdade quando não se tem opnião

Beijos roubados ao som de violão
Amores inventados a cada estação
Viver o segundo sem ter amanhã
a própria face de disfarce estampada
sorria,não para
deixar o tempo passar

pobres garotos que ninguém mais compreendem
deixam a infância pra trás não se conhecem mais
buscam amores impossíveis nos lugares mais incríveis
mas tanto faz já é que tão capaz


Beijos roubados ao som de violão
Amores inventados a cada estação
Viver o segundo sem ter amanhã
a própria face de disfarce estampada
sorria,não para
deixar o tempo passar
roubando beijos ao som de uma canção
inventando amores a cada estação
vivendo o segundo sem ter amanhã
a nossa face de disfarce estampada
sorrio,não paro
deixo o tempo passar..

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sábado 1:30 (Primeira parte)

Sábado,1:30

Encontro-me sentado em frente a uma folha em branco cheio de duvidas e inquietações, ou até quem sabe possíveis conclusões. Começo com uma idéia descompromissada como de usual: ”Vamos Alan componha mais uma canção... só pra treinar. Vamos isso não é nem um pouco difícil para você, vai lá tem tudo o que precisa bem a sua frente”.

Mas resolvo não compor uma canção desta vez, apenas registrar pensamentos que não param de tomar conta da minha tão conturbada e jovem mente.

Coloco um som do los hermanos tão alto que Camelo e Amarante chegam a berrar para fora dos fones de ouvido do computador.Abro a pasta com minhas composições e começo a lê-las uma por uma, como uma desesperada forma de tentar me entender,na esperança de conseguir eu mesmo traçar um perfil psicológico normal e saudável sobre Alan Santos.Vaga esperança que se foi depois de uma hora de profunda análise poética.

Percebo em mim mesmo através das minhas próprias canções uma busca incansável pela compreensão do sentimento amor.Como se a cada pensamento ou fase da minha vida eu apenas buscasse este tal amor,puro verdadeiro e belo que tão solenemente acredito.

Desde os primórdios da minha existência ,ou seja, desde que me entendo por gente eu estou falando de amor.Me recordo de uma vez que fui perguntar ao “figura do meu pai” aos 5 ou 6 anos se não me engano como era “amar alguém pra sempre”.Minha mãe soltou uma grande risada e me disse que era assunto pra gente grande,meu pai olhou pra mim e simplesmente respondeu: “você quer mesmo saber filho?Amar alguém de verdade é quando você sorri de dentro pra fora.”

Logicamente na época eu não entendi absolutamente nada e acho que hoje eu entendo o que ele quis dizer,mesmo nunca tendo sentido isso por muito tempo.”

A grande verdade é que o amor me fascina de tal forma que passo cada dia procurando entende-lo e vive-lo.Acho que isso é coisa de canceriano mesmo,afinal de contas me encaixo 100% na descrição do meu signo,somos românticos,sonhadores e platônicos por natureza.Chega a ser engraçado ver como eu e o amor temos convivido por esses 19 anos.

No começo ele veio e me fez escrever na quarta série a primeira poesia que originou várias outras e acabou com um livro imprimido na escola e entregue a todos os pais,o mais engraçado disso tudo é que todas as poesias eram feitas para uma única menina e ela nunca ficou sabendo que era a minha musa inspiradora.

Com o passar do tempo ele chegou no começo da adolescência,desordenado,confuso,enganado,divertido e por fim e mais importante:muito doloroso.Todo mundo diz o primeiro amor a gente nunca esquece,imagina o primeiro amor e primeira grande desilusão ao mesmo tempo,daí surgiu a primeira canção e a partir daquele momento nunca mais parei de compor,seja nos momentos felizes,tristes ou amenos tinha encontrado um grande e eterno amor: a música.